Terra de Pedro Álvares Cabral, mergulhada em plena Cova da Beira, e com larga vista sobre a encosta oriental da Serra da Estrela, Belmonte é uma bela vila do interior de Portugal, onde o verde predomina nas estações quentes e o branco no inverno. Ao espreitar o mapa, fica bem na região centro do país, exatamente na província da Beira Baixa. Pertence ao simpático distrito de Castelo Branco e é sede de município. A norte encontra-se a imponente Guarda, a leste o recatado Sabugal, a sudoeste o misterioso Fundão e a oeste a caprichosa Covilhã.
Com cerca de 3500 simples e afáveis habitantes, Belmonte tem muito para contar. Lar de pastores, acolheu uma das mais fortes comunidades judaicas de toda a Península Ibérica, o que deixou evidentes marcas sociais e culturais na região. Os ex-líbris passam pelas belezas naturais, como serras, vales e o calmo rio Zêzere. A história deixou um castelo medieval, a Anta de Caria, a Torre Centum Cellas, o Convento de Belmonte ou os Museus Judaico ou do Azeite. Aqui é possível degustar os mais diversos pratos de Cabrito, a Chanfana, as Papas de Carolo, as Trutas ou o Borrego assado no forno. Os doces típicos passam pelo aromático Bolo de Canela, pelo saboroso Pudim de Ovos ou pelas bizarras Filhoses. Destaque, ainda, para o pão, o queijo, os enchidos e o vinho da região, que são tradicionalmente concebidos e simplesmente únicos.
A sul de Belmonte, vislumbra-se a grandiosa Serra da Esperança, cerca de 225 hectares de pura natureza. Aqui partilha-se da harmonia das aves, respira-se o doce aroma das plantas. O seu nome advém da esperança da manutenção da monarquia em Portugal, numa época (séc. XVI) em que apenas restava um descendente luso – D. Sebastião - e a independência da nação dependia da sua saúde e prosperidade. Cria-se, então, o culto mariano de devoção a Nossa Senhora da Esperança na região, que é, ainda hoje, a Santa Padroeira do concelho de Belmonte, sendo o seu dia celebrado, com o feriado municipal, a 26 de Abril.
É neste cenário de plenitude, equilíbrio, essência, património e autenticidade que se sustenta o TheVagar. As Pessoas fundem-se com o meio e desprendem-se de começos e fins. Simplesmente existem. Deixam um pouco de si, levam (tudo e só) o que mais lhes faz sentido.
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