O espaço de cura e paz, que a Marta e o André imaginaram como o TheVagar, só seria possível de recriar com os ambientes certos, a decoração adequada e os detalhes apropriados. Não havia qualquer dúvida que a pessoa ideal para dar a roupagem que o TheVagar precisava, seria a designer de interiores Lígia Casanova. Ela é mãe de três jovens adultos, adora estar com as pessoas que lhe são mais queridas, viajar por lugares diferentes, ir ao cinema, ler muitos livros, desporto, cozinhar e estar perto do mar.
1. Quando conhecemos o seu trabalho, não restam dúvidas: é mega apaixonada pelo que faz. Confirma?
Confirmo. Em criança queria ser astronauta, depois arquiteta, mas percebi que afinal queria ser designer. Quando chegou a altura de escolher, no final da licenciatura, qual a área de prosseguimento de estudos, interiores nunca foi opção (risos). Quando acabei o mestrado, fui publicitária durante oito anos, trabalhei em várias agências, a última delas a Wolf Ollins, em Londres, depois veio o desejo da maternidade, que era incompatível com a vida de publicitária e, por isso, resolvi trabalhar como freelancer. Quando os clientes iam a minha casa, comentavam que deveria trabalhar como designer de interiores, porque tinha uma casa muito original. Um dia, um amigo propôs-me fazer a casa dele e, a partir daí, foi uma bola de neve. Pelo meio, fiz direção de arte para cinema publicitário e adorei a experiência, mas, com bastante pena minha, não consigo conciliar com o design de interiores, porque exige dedicação total.
2. Como surge a oportunidade de decorar o TheVagar?
A Marta contactou-me em 2017, depois de nos descobrir no Instagram.
3. O que mais a motivou a entrar neste projeto e porquê?
Gostei muito da Marta e do conceito. O projeto de arquitetura era muito bonito, o sítio era lindo e aceitei.
4. Qual o maior desafio que encontrou no TheVagar e como o ultrapassou?
Não houve grandes desafios. Tive apenas que contornar certos aspetos em dois quartos, mas nada que a criatividade e o foco na solução não resolvessem.
5. Como avalia a relação que foi estabelecendo com a Marta e o André, bem como a restante equipa TheVagar?
Bastante boa. A Marta e o André são pessoas muito acessíveis e empreendedoras. Também gosto muito da restante equipa. No TheVagar, o espírito é de calma, muita tranquilidade e vê-se que existe muita dedicação e harmonia entre as pessoas que lá trabalham e isso reflete-se em tudo.
6. De que forma lhe permitiu, o TheVagar, crescer enquanto profissional?
Acreditei sempre que, apesar de todas as dificuldades no tempo da execução, iria ficar um espaço completamente diferente dos que tinha feito até aquela altura. E ficou. Isto mostra-nos que, por mais projetos que desenvolvamos, há sempre algo mais e de diferente que podemos concretizar, o que é agregador.
7. Na sua opinião, qual a importância da decoração de interiores para o sucesso de um negócio turístico?
É de muita importância, porque o design de interiores permite criar e recriar cenários, que vão proporcionar emoções e sensações positivas aos convidados. As que desenhámos para o TheVagar, foram de acolhimento, hospitalidade, abrigo, protecção, cuidado, carinho, paz, tranquilidade. Depois disso, a restante equipa faz equiparar as acções ao ambiente e é sucesso garantido.
8. Todos os criativos têm uma assinatura própria que fica impressa no seu trabalho. Onde podemos ver a sua nos cenários do TheVagar?
Na tranquilidade e na harmonia que tentei conferir aos espaços, sempre com o mote que guia o meu trabalho: “to make room for happiness”.
9. Mais do que parceira TheVagar, considera-se cliente TheVagar?
Claro que sim, é um sítio único, com pessoas com quem apetece estar. Já dei por mim a pensar que devia sair da cidade e que gostaria de viver num sítio assim!
10. Conte-nos a maior peripécia que aconteceu ao decorar o TheVagar e que queira partilhar connosco.
Na véspera do dia da montagem final, descobri que estava positiva com Covid-19 e tive que fazer tudo online. Foi diferente de tudo o que já fiz, mas com o apoio e a ajuda eficiente e profissional da Marta, conseguimos atingir o objetivo.
Obrigada Lígia, sem si o TheVagar não seria tão feliz!
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